quinta-feira, 24 de março de 2011

E Tyler Durden acertou mais uma...




 Atualmente o grande vazio espiritual toma conta das sociedades. Acabo de ler que países como Holanda e Austrália tem grande probabilidade de sua população não possuir uma religião até o final do século, grande parte da população se diz descrente de qualquer “energia superior”.
Não que eu tenha nada contra ateísmo ou que eu seja um fanático. Concordo com a citação de Marx: “A religião é o ópio do povo”. Mas a idéia de um povo sem religião é um pouco assustadora (principalmente para nós ocidentais). Em que eles se apegam na hora do desespero? E como eles mantêm a ordem social? Pois, por mais que digam o contrário, ela conserva uma, aparente, paz social (por medo de um castigo divino ou sofrer com as conseqüências do “equilíbrio do universo”). Penso que se não houver uma espécie de “cultura religiosa”, temos a tendência de tornar-nos um povo sem história. A cidade de São Francisco nos EUA, não possui cemitérios nas localidades do município, se uma pessoa morre nessa cidade ela tem duas alternativas: ou ser cremada ou ser enterrada em outro município. Creio que uma cidade sem cemitérios é uma cidade sem memória.

Pelo que tenho visto as lutas dos nossos antepassados por liberdade chegaram a um ponto que, talvez, nem eles esperavam. Temos liberdade para fazermos o que quisermos (claro que dependendo do ato temos que pagar por eles), pensamos naquilo que queremos, hoje só é dominado por qualquer coisa quem quer. Acredito que talvez essa liberdade tenha sido dada de modo fácil de mais. Não temos lutas, guerras ou qualquer causa ideológica. Somos uma geração que só tem como luta a causa espiritual e que, aparentemente, estamos perdendo. Estamos sendo devorados por uma “animae necrosis” (necrose da alma) que nos consome cada vez mais. E esse vazio que vai se tornando cada vez maior não pode ser preenchido facilmente.
Acho que precisamos de uma causa. Nem que essa causa seja a busca de uma causa.

Arlequim.

terça-feira, 22 de março de 2011

É brincadeira?


Não sei ao certo se escolhi bem o título do texto. Tenho pensado muito sobre as ideologias alheias e não tenho achado uma solução, plausível, para as brigas etinos-raciais.
Cada grupo defende sua “razão” negando de modo até irracional a maneira de pensar do próximo (que parece não estar tão próximo assim). O fato é que tantas discordâncias, que na maioria das vezes, são por motivos estúpidos.

Católicos e protestantes matam-se até hoje na Irlanda; em Ruanda, pessoas tiram a vida umas das outras por não sentarem para negociar uma solução viável, no Sudão a coisa piora um pouco, islâmicos e católicos além de caçarem uns aos outros para ver quem fica no poder, ainda tem que conviver com a escravidão imposta pelo norte (controlado pelos islâmicos) ao sul (católicos).

Durante séculos não temos visto que o fanatismo religioso e as velhas rixas não levam a lugar nenhum? Quantas vezes ainda vamos ver homens matando em nome de algum deus? Será que ninguém enxerga que se continuarmos assim o mundo não vai seguir adiante? Será que esse “Complexo de Apolion” não deixará a humanidade ter ao menos um século de paz? Espero sobreviver para ter certeza de que um dia ainda haverá paz para alguém. 

                                                                                                             Arlequim.

quarta-feira, 16 de março de 2011

O que fazer?


Estando, eu, em dúvida do que fazer sobre o meu destino e estando, quase que literalmente, entre a cruz e a espada resolvi tomar iniciativas drásticas para com a minha vida: Preciso organizar imediatamente certos pontos de... Como posso dizer?!... Pontos de loucura por assim ser.
 O extremo ponto (de loucura) é quando você não sabe se está sonhando ou acordado. Penso seriamente nisso. Quase nunca sei qual dos dois é o ponto que chamamos de “acordado”. Tenho um certo receio (para não dizer medo) de estar em um sonho no estilo Vanilla Sky ou Repomen ou perceber que tenho acessos de múltiplas personalidades como o narrador de Clube da Luta. Possuo a ligeira impressão que a realidade ou o nível de verdade, em que estamos, possa ser um sonho ou pior, um pesadelo.
Uma vez li que esse nosso (se é que é realmente nosso) nível de realidade é apenas um sonho vívido. A teoria se firma no fato de que o tempo decorrido no sonho é totalmente diferente do tempo decorrido fora dele. Imagine acordar e descobri que você estava preso em uma espécie de “sonho vívido” ? Eu enlouqueceria, no mínimo.
O que eu quero deixar em aberto é o seguinte: Você está dormindo ou acordado? E tem certeza de sua resposta?

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Rotineiramente desinteressado

                                           
            Ontem, enquanto eu usava meu tempo livre no MSN, me chamaram para participar deste blog, um blog expositor de idéias. Aí eu fico pensando, por que todos querem expor suas idéias? Alguns para ensinar, outros parar aprender. Há quem exponha para aparecer ou manter-se informado. De uma forma ou de outra tudo acaba virando rotina com o tempo. Eu particularmente detesto rotinas, talvez por que eu tenha a minha.
            Por mais que os autores insistam em bater na tecla de que o importante é escrever, é necessário incentivo, e esse vem do reconhecimento – reconhecimento que, para ser mantido, precisa de postagens freqüentes e uma divulgação bem estruturada. Logo, o blogueiro escreve e divulga diariamente, e assim estabelece-se mais uma rotina. Eu não gosto de rotinas, mas como é impossível eliminar a freqüência e o marketing da coisa, meu foco é trazer coisas variadas para cá. Posts nos mais diversos estilos, todos com sua idéia engajada e sua crítica, social.
            Bem, eu me chamo Marcos, vulgo CrEstranho. Não gosto da humanidade, embora o mundo seja legal, não ando de mau humor, mesmo com minha vida diferente do que deveria estar e não me importo em criticar você, caso esteja contente com a situação do mundo em que vivemos ou venha me pedir algo sem uma xícara de café em mãos. Sou o novo autor do Quase Humanos

Poeminha...

Quem és tu oh Dama da Noite?
Que me destes mais que um olhar...
Que me roubastes mais do que um beijo...                                       
Trouxestes mais do que a necessidade de ti...
Trouxeste esse vício que corrompe meu peito e devasta o meu ser,
E levaste o mais valioso dos meus bens,
Meu coração, e em troca me deixaste uma serie de amarguras,
Traga de volta o que é meu...
E junto com ele leve os males que deixaste...
E em mim se torne uma só mais uma vez... Para que assim meu vício de ti acabe de uma vez.
Arlequim.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Viajem Onírica

O medo de te perder correu em minhas veias tanto
Que de tal forma me fez ver em deletérios, tudo aquilo que um dia eu tinha conquistado
Moveis em falácias, eu vejo , vejo muitas alienações
O que não vejo são os produtores colherem todo o amor que eu plantei

De tanto te forjar, me vi circulando em um maravilhoso sonho utópico
Em tudo me faz viajar, com essa sua maneira retorica de ser
Em seus lampejos influídos, enlouqueço.
Ah! Seus olhos ainda radiam a intempestividade de sua adolescência

E assim padeço em silêncio, porque o som me trás perturbações e me joga ao leu
Os meus olhos apenas veem tudo aquilo que deixei de plantar
Decodifiquei então, que tudo amor que plantei, veio a se torna capim.

Comer...



Acho que tenho sorte de nascer nessa época. Temos milhares de coisas fabulosas: música, tecnologia, uma liberdade política considerável (as mulheres já podem votar) e a não menos importante liberdade sexual, independente de qual modo ela seja aplicada atualmente, e inúmeras outras cosias interessantes. Mas, a meu ver, a culinária é, aparentemente, a comprovação de quão avançada é a “alquimia moderna”.
Atualmente possuímos uma infinidade de maneiras e modos de cozinhar. Da comida crua (sushi), ao churrasco (bem passado ou malpassado, pois existe quem queira o boi ainda no pasto), uma quantidade quase incalculável de tipos de molhos e massas, sem mencionar a parte doce da coisa.
Pessoalmente não vejo o mundo sem um bom vinho, uma massa bem feita, uma boa barra de chocolate meio amargo, um café bem forte, um peixe bem grelhado, um bom azeite extra-virgem, e, não menos importante, um caldo de cana da feira com um pastel bem gorduroso.
Até imagino os séculos de aprimoramento da culinária. Já comemos animais crus. Consegue imaginar carne sem tempero algum? Imagina a quantidade de intoxicações até acharmos as ervas corretas. Passamos de coletores e carniceiros a “luxuosos seletores”.
Se estamos ou não no topo da cadeia alimentar ou não (isso se não contarmos os zumbis, é claro) desejo somente desfrutar daquilo que considero uma das mais apreciáveis artes da humanidade. A arte de cozinhar.